Na linguagem corrente, o vocábulo símbolo significa, "aquilo que, por analogia, representa ou substitui outra coisa; aquilo que evoca algo ausente; elemento gráfico que representa de forma convencional um elemento para o esclarecimento de alguma coisa". Por exemplo, a balança significa a justiça.Na Lingüística é um termo utilizado por certos autores para designar signo.
O criar símbolos, a simbolização, é uma operação que o ser humano, desde criança, desempenha com grande facilidade mediante a substituição das ações ou objetos por símbolos ou signos, que podem ser imagens ou palavras. Uma imitação. Por exemplo, para se referir ao cachorro diz "o au-au". Dá-se assim o início da construção da relação entre o significante (o que a criança desenha) e o significado do signo (o que a criança pensa). É a criação da legenda.
Do ponto de vista da cartografia, tem-se:a) Símbolo - grafismo que constitui uma forma de identificação, facilitando a percepção de uma ocorrência sugerindo a área que ela ocupa ou de um objeto figurando-o sob forma evocativa, porém simplificada. Por exemplo, bolinhas verdes no mapa, significando uma floresta.b) Símbolo convencional - é um caso particular de símbolo. Supõe uma localização, em posição verdadeira no mapa. Por exemplo, uma bolinha verde no mapa significando uma árvore isolada, em sua exata posição. Para a Cartografia, a história dos símbolos evoluiu até estabelecer as convenções cartográficas para normalizar um repertório padrão de símbolos.Assim, em geral, os símbolos dos mapas topográficos estão reunidos num quadro sob o título de Convenções cartográficas.
Ao se considerar a Cartografia, como uma linguagem, a Linguagem da representação gráfica, os símbolos são chamados de signos, que é o correto, como manda a semiologia, ciência dos signos utilizados nas linguagens,Signo - é todo objeto perceptível que remete a outro objeto.Símbolo - é um objeto físico ao qual se dá significado moral, como o hino e a bandeira da União Européia.Assim, a Cartografia mobilizaria signos e não signos.Entretanto, na história da sociedade humana em cada cultura, acabou transformando certos signos da cartografia em símbolos. É o caso do signo "cor azul" que se tornou internacionalmente reconhecido para representar as águas.
Entretanto, na metade do século XX, as idéias do Professor BERTIN, apoiado na Lingüística de Saussure, estabeleceu uma gramática para a linguagem gráfica, a representação gráfica, onde a unidade lingüística é o signo. O signo, como também o símbolo, é constituído pela relação entre o significante (ouvir falar pedra), o objeto referente (esta pedra aí) e o significado (idéia de pedra formada na mente do interlocutor ao ouvir falar pedra, uma pedra genérica). Enfim, o signo é constituído por significante (mensagem acústica: pedra) e significado (conceito, idéia genérica de pedra). Por exemplo, num mapa do uso das terras, o signo constituído pelo significante "cor laranja" tem o significado de cultura permanente.Assim, para BERTIN, os signos são construídos basicamente, com a variação visual de tamanho, valor, cor e forma, das entidades geométricas, pontos, linhas e áreas, para representar fenômenos que se manifestam em pontos, em linhas e em áreas, para expressar as relações de diversidade, ordem e proporção que podem se estabelecer entre ocorrências geográficas e, finalmente, para mostrar manifestações dinâmicas dos fenômenos, sejam variações no tempo, como movimentos no espaço.
Por: Roque Junior
O criar símbolos, a simbolização, é uma operação que o ser humano, desde criança, desempenha com grande facilidade mediante a substituição das ações ou objetos por símbolos ou signos, que podem ser imagens ou palavras. Uma imitação. Por exemplo, para se referir ao cachorro diz "o au-au". Dá-se assim o início da construção da relação entre o significante (o que a criança desenha) e o significado do signo (o que a criança pensa). É a criação da legenda.
Do ponto de vista da cartografia, tem-se:a) Símbolo - grafismo que constitui uma forma de identificação, facilitando a percepção de uma ocorrência sugerindo a área que ela ocupa ou de um objeto figurando-o sob forma evocativa, porém simplificada. Por exemplo, bolinhas verdes no mapa, significando uma floresta.b) Símbolo convencional - é um caso particular de símbolo. Supõe uma localização, em posição verdadeira no mapa. Por exemplo, uma bolinha verde no mapa significando uma árvore isolada, em sua exata posição. Para a Cartografia, a história dos símbolos evoluiu até estabelecer as convenções cartográficas para normalizar um repertório padrão de símbolos.Assim, em geral, os símbolos dos mapas topográficos estão reunidos num quadro sob o título de Convenções cartográficas.
Ao se considerar a Cartografia, como uma linguagem, a Linguagem da representação gráfica, os símbolos são chamados de signos, que é o correto, como manda a semiologia, ciência dos signos utilizados nas linguagens,Signo - é todo objeto perceptível que remete a outro objeto.Símbolo - é um objeto físico ao qual se dá significado moral, como o hino e a bandeira da União Européia.Assim, a Cartografia mobilizaria signos e não signos.Entretanto, na história da sociedade humana em cada cultura, acabou transformando certos signos da cartografia em símbolos. É o caso do signo "cor azul" que se tornou internacionalmente reconhecido para representar as águas.
Entretanto, na metade do século XX, as idéias do Professor BERTIN, apoiado na Lingüística de Saussure, estabeleceu uma gramática para a linguagem gráfica, a representação gráfica, onde a unidade lingüística é o signo. O signo, como também o símbolo, é constituído pela relação entre o significante (ouvir falar pedra), o objeto referente (esta pedra aí) e o significado (idéia de pedra formada na mente do interlocutor ao ouvir falar pedra, uma pedra genérica). Enfim, o signo é constituído por significante (mensagem acústica: pedra) e significado (conceito, idéia genérica de pedra). Por exemplo, num mapa do uso das terras, o signo constituído pelo significante "cor laranja" tem o significado de cultura permanente.Assim, para BERTIN, os signos são construídos basicamente, com a variação visual de tamanho, valor, cor e forma, das entidades geométricas, pontos, linhas e áreas, para representar fenômenos que se manifestam em pontos, em linhas e em áreas, para expressar as relações de diversidade, ordem e proporção que podem se estabelecer entre ocorrências geográficas e, finalmente, para mostrar manifestações dinâmicas dos fenômenos, sejam variações no tempo, como movimentos no espaço.
Por: Roque Junior
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